28 fevereiro 2010

Facto político total com Guebuza (3)

Mais um pouco desta série.
No número anterior, procurei mostrar o que entendo por facto político total.
Importa, agora, ensaiar uma periodização.
Tenho, por hipótese, que o samorismo foi o mais intenso período de facto político total no nosso país. Com o chissanismo passámos para um fase de redução drástica da pulsão política visível, para uma gestão mais tecnocrática, mais diplomática. Com o guebusismo temos uma fase híbrida: o samorismo renasceu sem poder dispensar o chissanismo.
(continua) .
Nota: em qualquer altura posso operar modificações no texto, o que, a suceder, será assinalado a vermelho.

1 comentário:

ricardo disse...

"Com o guebusismo temos uma fase híbrida: o samorismo renasceu sem poder dispensar o chissanismo."

O que ate parece uma doutrina contraditoria, porque resulta de uma mescla de marxismo (samorismo) e liberalismo economico (chissanismo).

Mas nao e. Pois trata-se justamente do mesmo modelo que a China, Vietname e ate a Coreia do Sul (nos primeiros tempos) adoptaram para dar um esticao aos seus paises.

Com uma diferenca. A contabilidade de fuzilamentos sumarios e outras medidas duras tambem foram marca desse sucesso aparente.

Pois que, nem a China e hoje mais una. Nem o Vietname mais democratico e nem a Coreia do Sul, um estado soberano "latus sensu".

Por isso, conhecidos os exemplos geneticos, ja sabemos o que nos propoe o Guebusismo.

A questao e perceber se temos a capacidade de cordeira e herbivoramente embarcar rumo ao destino que nos foi tracado.

Quem viver, vera.