31 janeiro 2011

WikiLeaks sobre o Egipto

Cinco telegramas escritos entre 2004 e 2008 sobre o Egipto colocados hoje no WikiLeaks. Aqui. Para traduzir, aqui. Recorde aqui.
Adenda às 7:13: posição musculada do exército, caças da força aérea em voos rasantes na Praça Tahir, epicentro da revolta no Cairo. Aqui.
Adenda 2 às 7:17: "A revolução que abalou o mundo árabe", título de um trabalho aqui.
Adenda 3 às 9:25: um texto em francês sobre o Egipto aqui.

2 comentários:

ricardo disse...

Acho que Mubarak comeca a controlar a situacao. Porque:

1- Voltou a renovar os votos de confianca dos militares. E isso, inclui mais regalias e salarios;

2- Tem o apoio de Israel que nao o deixara cair. Ou seja, mesmo nao intervindo militarmente, facultara toda a inteligencia necessaria para abortar a revolta. Note-se que Israel tem muita experiencia em materia de lidar com revoltas populares;

3- El Baradei foi eleito porta-voz da oposicao. Mas a sua escolha e apenas uma questao de oportunidade. Pois nem os islamistas, nem os militares o olham com confianca, dado o seu papel na AIEA onde, na maior parte das vezes, defendeu posicoes anti-arabes. Por exemplo, pouco fez para julgar a questao nuclear iraniana com base em dois aspectos nao menos importantes: o facto de Israel ter armas nucleares e nao sofre sancoes por isso; e o facto de o Irao ter um deficit energetico que as suas refinarias de crude nao podem suprir dado serem obsoletas, pois na sua maioria, ou foram destruidas pelo Iraque, ou herdadas do periodo do Xa. Logo, em termos economicos, o nuclear justifica-se tambem para o Irao.

4- Os EUA e aliados europeus estao com uma posicao ambigua em relacao a Mubarak. A espera do que ira suceder depois. Se ele vencer, dirao que devera fazer reformas etc. e tal. E ele fara, usando a tecnica mexicana. Se ele cair, entao dirao que sempre foram apologistas da democracia no medio oriente.

Por isso, acho que a revolucao de Jasmin atingiu o seu apogeu no medio oriente. Haverao mais levantamentos, mas os resultados nao serao iguais aos da Tunisia.

Tunisia que pouco a pouco se radicaliza e caminha para uma teocracia.

Salvador Langa disse...

Os militares, garante permenente do poder, enchem as ruas. Os Americanos "gostam" de Mubarak.