29 maio 2011

Poder e representação: teatrocracia em Moçambique (17)

O décimo sétimo e último número da série, que no seu título usa um termo de Georges Balandier, teatrocracia.
Procurei sugerir-vos várias modalidades da gestão do poder, essa coisa que parece viver dela mas que, afinal, vive intimamente de relações, destas é produto permanente.
Poder que é a gestão do aparato, do Estado-espectáculo (para usar, uma vez mais, uma expressão de Balandier), poder que é manipulação de ambiguidade e aparência, poder que vai muito para além da racionalidade económica. O novo estádio de futebol do Zimpeto ou os enormes edifícios do judiciário na cidade de Maputo são exercícios de ritualização do imaginário e do espectáculo, de afirmação de grandiosidade, de "busca de adesão por efeito do espectáculo" (uma vez mais Balandier).
Imagem: el poder, quadro do pintor e ceramista argentino Raúl Pietranera).
(fim)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Yamoussoukro rodeada por bairros da lata.