24 junho 2012

Liga dos Estudantes Comunistas de Moçambique (17)

Décimo sétimo número da sérietérmino da décima questão:
Carlos Serra: Como definis Karl Marx?
Régio Conrado: Marx é daqueles que pensamos como um génio que combateu a miséria defendendo aqueles que não tinham ninguém do seu lado nem outra coisa que não fosse o trabalho obsessivo. Em resumo, vemos Marx como um Homem que tinha ideais nobres, transcendentais, valores que nos orientam para uma sociedade eminentemente justa. Foi um dos maiores cientistas e pensadores que já tivemos na História da Humanidade. Esta é a nossa visão sobre Marx e por isso mesmo ele é nosso mestre e queremos divulgá-lo e devolvê-lo ao espaço público moçambicano.
(continua)

5 comentários:

nachingweya disse...

Seria interessante analisar as teorias actuais de desenvolvimento sustentável à luz do marxismo.

Salvador Langa disse...

O que dizem os "democratas"?

ricardo disse...

Os democratas nao precisam do comunismo para se-lo. Ja os comunistas, so o sao por contestacao permanente aos democratas. E sempre assim. Uma relacao parasita (comunismo) e hospedeiro (democracia). Nao conheco nenhum caso de comunismo tranquilo no mundo. Mas Conrado cre, assim como muito creem em Jesus Cristo e os seus doze apostolos.

O interessante, e que o marxismo, e porque nao dizer o marxismo-leninismo, de quem muito convenientemente se esquiva Conrado agora, foi considerado por muitos dos revivalistas aqui como uma versao melhorada das ideias de Marx. Porque teria que Lenin ter que criar a sua visao propria da teoria se ela e tao assertiva e infalivel? E o que teria motivado o seu "aperfeicoamento" constante por Stalin, Mao e Kim-Il Sung. Todos oriundos de elites privilegidas no seio do seu povo, e bom notar...

Se calhar e porque o comunismo, que Conrado corresponde aqui biunivocamente ao marxismo, e uma teoria de problematizacao da miseria criada pela alta burguesia, logo jamais podera funcionar no seio das classes inferiores, ainda que nestas sempre exista a "ilusao" do progresso que o igualitarismo sempre cria. Uma sociedade sem classes, pois claro. Mas com elites, dos politicos, dos herois, dos libertarios. Dos cientistas, em suma, eufemismos dialecticos para dizer a mesma coisa.

Hipocrisia...

BMatsombe disse...

Tenho sempre prazer em ver os convencidos afugentando os seus próprios pardais. Claro que isso não é hipocrisia é só efeito da fisga. Afugentar pardais com as tiradas conservadoras da praxe. As fisgas não são hipócritas.

ricardo disse...

Mas que bela coisa e a democracia, antes que mais nao seja que permite que ate os pardais-fisgadores pensem e escrevam tanto sobre ela...Clama-se tanto contra a sua falta de liberdade e opressao totalitaria. Mas nao se admite que nela surja a diferenca, para que todos pensem e falem igual a nos outros, os eleitos, a luz do Divino Salvador que descende dos ceus nos seus quatro garbosos pegasos.

E se o seu silencio dos pardais for de ouro, entao reclama-se por sua ausencia da gaiola. Mas uma vez presentes, faz-se um churrasco ideologico com muito piri-piri.

Para que eles continuem irracionais, como os verdadeiros pardais...