28 março 2013

O aguilhão da história (sobre o assassinato do taxista moçambicano) (23)

"(...) a nossa preocupação no que se refere aos moçambicanos na África do Sul tem a ver com a extrema violência com eles tem sido tratados quando cometem crimes. Isto aconteceu agora, foi um caso excepcional, admitamos, mas também temos tido conhecimento de que os caçadores furtivos normalmente são mortos." - ministro Oldemiro Baloi
Vigésimo terceiro número da série. Permaneço no sétimo número do sumário proposto aqui, a saber: 7. A história da dependência moçambicana como colónia laboral. Escrevi no número anterior ser antiga a história da dependência laboral em relação à África do Sul, podendo ser remontada aos anos 50 do século XIX. Quer a exportação oficial de mão-obra para as minas e farmas sul-africanas, quer, progressivamente, a emigração espontânea, beneficiaram não apenas o lado comercial e estatal-colonial em Moçambique, mas, também, os chefes locais. Este é um ponto complexo que merece mais aprofundamento, envolvendo, entre outros fenómenos, tributos e lobolo.
Com a vossa permissão prossigo mais tarde.
(continua)
Adenda: o vídeo a seguir contém imagens chocantes, aqui.
Adenda 2 às 7:34 de 05/03/2013: ouvidos ontem pela estação televisiva STV, camionistas moçambicanos que escalam a África do Sul queixaram-se de constantes maus tratos por parte da polícia sul-africana. Eles não gostam dos Moçambicanos - eis o resumo das intervenções.
Adenda 3 às 00:54 de 11/03/2013: este acontecimento trágico é propício não só ao sensacionalismo baixo-preço de certa imprensa, das redes sociais e dos blogues do copia/cola, como, também - estudem as televisões locais -, aos jogos políticos em geral e a certos jogos eleitoralistas em particular.
Adenda 4 às 00:51 de 22/03/2013: um trabalho no Sowetan (obrigado ao FL pelo envio da referência), com o título abaixo:

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Machangana trabalhadores provocam mau estar lá no John.