20 novembro 2015

Desarmamento da Renamo e prismas

Segundo Jeremias Chemane da "Agência de Informação de Moçambique", o Presidente da República, Filipe Nyusi, pediu maior ponderação no desarmamento compulsivo dos "homens residuais" [sic] da Renamo, ao mesmo tempo que afirmou ser tarefa das Forças de Defesa e Segurança não permitir o uso indevido de armas no país. Aqui.
Mas segundo o "O País" digital em título, o Chefe de Estado "trava" [sic] o desarmamento coercivo. Aqui.
Adenda: o Chefe de Estado em parte alguma da sua intervenção - em função do que está a ser divulgado - deu ordens para se suspender o desarmamento dos guerrilheiros da Renamo. Entretanto, se o leitor estudar um pouco os habituais blogues do copia/copa/mexerica, logo verá que já foi construída a ideia de que Nyusi impediu o "golpe de Estado" dos seus generais, supostos promotores do desarmamento à revelia do Chefe de Estado.
Adenda 2 às 10:44: correctamente, a "Folha de Maputo" digital não fez dizer ao Chefe de Estado o que ele não disse, confira aqui.
Adenda 3 às 11:08: o prisma da "Rádio Moçambique", aqui.
Adenda 4 às 11:12: a versão do "Notícias" digital, aqui.
Adenda 5 às 11:17: "Se alguém nos diz que viu um leão na cidade de Maputo, a nossa atitude não deve ser de aceitar isso só porque alguém o disse (uma, duas, três pessoas, uma multidão a dizê-lo), devemos esforçar-nos para saber se isso efectivamente aconteceu, analisando e confrontando as fontes, estudando a credibilidade do (s) informador (s), a frequência do fenómeno, etc. Desconfiemos dos consensos de fácil digestão e façamos do não às evidências primeiras o princípio para chegarmos ao sim da pesquisa e da credibilidade processual." Aqui.
Adenda 6 às 17:23: versão da "Televisão de Moçambique", aqui.
Adenda 7 às 09:19 de 21/11/2015: "O ministro do Interior vincou que a qualquer momento o Governo poderá chegar à conclusão de que não se justifica a recolha coerciva das armas, porque as pessoas estão a entregá-las voluntariamente." Aqui.

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